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Superbikers Brasil - Em Foco - Piloto Mauro Thomassini #5

  • Edição e Imagens - Chris Fabbri/CFR Media
  • 4 de mai. de 2016
  • 4 min de leitura

Superbiker Brasil - Como a motocicleta entrou na sua vida? Como tudo começou?

A motocicleta entrou na minha vida, acho que mesmo antes de eu nascer...(risos)

É algo que vem de Berço.

Está no sangue e sou a 3 geração da família na motovelocidade. Meu avô paterno Mauro Thomassini foi piloto e meu pai até hoje é preparador das motos da equipe, já na motovelocidade há mais de 40 anos.

Eu acabei crescendo dentro da oficina vendo aquelas motos e sempre doido para acelerar desde bem pequeno.

Com 5 anos de idade ganhei uma Yamaha PW 50cc do meu pai e esta foi minha primeira moto com a qual comecei a brincadeira. Cai algumas vezes no começo e me assustei, me contou meu pai, que nunca me deixou desistir nem desanimar, sendo sempre um grande incentivador e orientador. Andava muito com essa moto na praia em Itanhaém no começo dos anos 90, era bem legal.

Ai fui crescendo e a moto ficou pequena, sendo que também tive uma walk machine, e com 13 anos uma recebi uma Honda ST70 ( a 1a. moto que realmente andei no transito ,com marchas, etc.). Uma das pessoas que me ensinou a andar com ela foi meu grande amigo e piloto Gian Calabrese.

Enfim, com 16 anos chegou a hora de ter uma Suzuki 50cc.

Superbiker Brasil - Em qual momento você percebeu a vontade de competir e quais os passos que deu para que isso se realizasse?

Sempre acompanhei de perto as corridas de motovelocidade desde 1994 em Interlagos, me escondendo dos seguranças pois era menor de idade J.

Apareceu uma oportunidade de começar a correr quando tinha 13 anos, a Honda ia lançar uma categoria para criança (a Honda NSR 50cc), mas infelizmente a categoria não vingou naquele momento.

Desde então a vontade para competir só aumentou, mas minha mãe sempre foi contra, e ainda não gosta muito...(risos).

Superbiker Brasil - Quando e como começou a andar pra valer nos autódromos?

Com 19 anos não teve mais jeito, ganhei equipamentos e moto de amigos que corriam na época na equipe. Foi quando fui pra pista pela 1a vez com uma Kawasaki 500cc. Olhando de fora eu achava que ia ser moleza, mas quando fui pra pista vi que não era tão fácil assim. Depois fiz algumas corridas com a CG 125cc , mas minha idade não permitia correr no Campeonato Brasileiro na época.

Minha 1° corrida valendo pelo Campeonato Brasileiro foi em Jacarepagua no Rio de Janeiro no Circuito inteiro em 2004. Tive o privilegio de andar nesse circuito maravilhoso.

No começo sempre muito difícil, sempre la atrás e tomando volta dos ponteiros, mas a vontade de evoluir era grande e fui melhorando meu rendimento a cada corrida.

Passei por diversas categorias nesses 11 anos na motovelocidade, 500cc, 600cc , 1000cc.

Em 2009 fui campeão brasileiro na categoria 600cc Hornet e Campeão da Tradicional corrida 500 milhas de Interlagos na Categoria Naked 600cc. Além do título de Vice- Campeão nas 200 milhas do mesmo ano.

Em 2010 fui Campeão na categoria 600cc Naked do SuperbikeBrasil, Campeonato que disputo hoje com uma Kawasaki ZX10R, já sendo também campeão neste mesmo ano da Copa Pirelli na categoria Superbike Pro.

Sobre o agora e futuro, a temporada esta só começando e o nível dos pilotos esta altíssimo, portanto é trabalhar duro e focar muito para as etapas que restam este ano pois vai ser muita pauleira.

Superbiker Brasil - Como você vê a questão da preparação técnica, física e mental de um piloto de competição?

A motovelocidade é um esporte que exige um bom preparo tanto mental quanto físico na minha opinião.

Um esporte que não aceita erros, por isso é importante estar sempre bem concentrado , com reflexos bem apurados , enfim, estar sempre muito ligado.

Ai vem a preparação física, para o cansaço não afetar seu raciocínio e ações em cima da motocicleta. E sempre digo, temos que estar sempre confiantes antes de sentar na motocicleta e ir pra pista, não ter medo e se divertir.

Por isso sempre treinei fora das pistas com treinos aeróbios e de fortalecimento muscular, para poder estar preparado para os finais de semana de corrida.

Superbiker Brasil - Quais seus equipamentos atuais (motocicleta, proteção, etc.) / marcas que gostaria de citar ?

Meus equipamentos atuais : Utilizo uma Kawasaki ZX10R , capacete Shark Racer R Pro, Macacão e Luvas Dainese e Botas Sidi.

Superbiker Brasil - Voce poderia falar um pouco da Motom, sua equipe ?


Nossa equipe, a Motom Racing Team, é uma das ou talvez a mais tradicional na motovelocidade Brasileira. Participamos das competições desde a década de 50 e hoje em dia a equipe é composta por 5 pilotos no Superbike Brasil.

O preparador das motocas é o Henrique Thomassini, o “ Riquinho”.

Temos 4 Pilotos na 600cc Supersport ( Ives Moraes, Marcus Trotta, Gerson Campos e Matheus Oliveira – atual Campeão da Categoria) e 1 Piloto na categoria principal Superbike Pro ( Mauro Thomassini).

A equipe está de portas abertas para novos pilotos, com toda estrutura , atenção e dedicação necessária para a evolução dos pilotos dentro e fora das pistas.

A sede da equipe fica na Avenida Santo Amaro 3290 no Brooklin, onde também atendemos cliente com motos de rua. Estão todos convidados a virem conhecer nossa oficina e também conhecerem um pouco mais da nossa equipe.




Superbiker Brasil - Qual seria sua mensagem para seus fãs e amigos ?


Nunca tive vontade em acelerar pra valer nas estradas pois como cresci no meio das motos, sempre escutei historias de acidentes e mortes em rodovias, e até hoje vejo amigos indo se arriscar pelas estradas.

Por mais que você esteja numa boa, na estrada existem inúmeros riscos, como cachorros e outros animais, óleo na pista e carros no sentido contrario, enfim, são riscos enormes e os quais você não tem nenhum controle, por melhor preparado que esteja.

O lugar mais apropriado para acelerar é no autódromo, onde existe todo um suporte para tornar esse esporte que já é arriscado por natureza, o mais seguro possível.

Muitos me perguntam porque corro de moto, o quanto ganho com isso?. Digo sempre que corro por amor, por me sentir mais vivo cada vez que estou acelerando, é um conjunto de sensações (adrenalina, emoção entre outras) que me faz dar mais valor pra vida, e isso não tem preço. Combinação Perfeita.

Forte abraço a todos e muito obrigado pelo apoio de toda a galera.

Mauro Thomassini

Equipe MOTOM

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